29 junho, 2007

posso?

O mundo, hoje, não foi generoso comigo. Como é possível tanta energia investida numa acção, palavras e olhares que magoam uma outra pessoa? Sabendo vai fazer doer? Não percebo. Eu dou de mim mais do que tenho para dar, animo os outros com ânimo que por vezes nem tenho que chegue para a minha vida. Por pequenas coisas que fazem uma grande diferenças noutras vidas, arranjo força e coragem. Tento seguir em frente rumo a um vazio, acordo de manhã a perguntar "o que faço aqui?", questiono a minha existência mais vezes do que gostaria. A vida não é perfeita, muito pelo contrário, a felicidade não é uma constante, os sorrisos não são simples, o "bom dia" não traz a certeza de sê-lo. No meu peito existe um vazio que doi, doi como tantas e tantas outras vezes. Na imensidão de sentimentos negativos, agarro-me com todas as forças a um ou outro positivo, que me aquecem o coração. O jogo de cintura é mais que exigente, diário, como posso ser natural e expontânea? É mesmo muito difícil, mas tento sempre, esforço-me até ao limite para ser aceite tal como sou, mas hoje estou cansada. Não gostem de mim, eu não me importo. Por hoje chega. Não me apetece mais nada, não me apetece ser humilhada.
Peço desculpa, só queria estar presente.

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