Já muitas vezes me disseram que sou uma "menina da mamã". Pois aqui estou eu para oficializar a coisa: sou mesmo! Temos uma relação como muitas melhores amigas não têm, mas nunca nos demitimos do nosso papel de mãe/filha (às vezes ainda me puxa as orelhas e dá ralhetes).
Penso que a nossa fase mais "obscura" foi a minha adolescência. Eu estava possuída por alguma força estranha, irreverente e contestatária. À noite, antes de dormir, a minha mãe devia pensar: «o que é que esta moça irá aprontar amanhã?» Apesar de tudo, nunca deixou de gostar nem um pouquinho de mim. Felizmente a adolescência passou!
Uma das coisas que mais aprecio é que nunca teve para mim um sentimento de posse. Sempre disse que eu sou uma pessoa individual, que não lhe pertenço. Se hoje lhe dissesse que amanhã faço as malas e vou para o outro lado do mundo, tenho a certeza absoluta que diria: «Boa! Vai e aproveita! Faz amigos e sê feliz!»
É uma Mulher fantástica, uma excelente profissional e uma amiga sempre presente. Foi uma filha exemplar e dedicada!!! Tem força e garra que inspiram quem com ela convive. Trabalha com a porta do escritório aberta e quem quiser, pode entrar nem que seja para apenas falar um pouquinho (aquele pequeno sofá deve ter efeitos terapéuticos).
Tenho razões para dizer que a minha mamã é mesmo a melhor do mundo, não tenho?
Bem... depois de meia hora ao telefone, falando de assuntos triviais como o barulho que os pardais fazem de madrugada no beiral da tua janela e da onda que te arrastou, é melhor continuar a trabalhar :)